sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Procurei por onde procurar.
O teu tesouro escondido,
Jamais irei desvendar,
Tal como deixarei eu de estar perdido.

Mas finalmente me encontrei.
Finalmente sou eu,
Que não tu.
Quem jamais te perdeu,
Quem jamais te esqueceu...

Ora, agora senta,
Senta a meu lado,
Não recuses quem te quer,
Para sempre a seu lado...

Clima poético

Um dia serei do teu tamanho,
Terei o teu engenho,
Guardarei o meu rebanho,
Num coração só.

Um dia será estranho,
Que como por empenho,
Me deixas-te só.

Hoje serei eu,
Como alguem te prometeu,
Alguem que nunca venceu
E sempre ficou só.

Hoje, por engano,
Sou do teu tamanho
E jamais será estranho
Que cada um fique só.

Clima Poético

Tu


Ser,  tu és,
Vela de um barco sem rumo,
maré de um mar agitado,
letra de um fado cantado.

És, porque és,
Porque nunca podes deixar de ser,
Reino de reinos encantados
E cada vez mais letra
De fados espalhados.

Fado, tu és,
Como portuguesa é a guitarra
Que entua as tuas formas
Que como cordas, teus olhos entornas.

Agora, para mim
Canta esse fado e
Promete como pai promete a filho fraterno,
Que esse fado, o nosso fado, jamáis deixará de ser eterno!

Clima Poético